quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Hino Paulista



Paulista, pára um só instante

Dos teus quatro séculos ante
A tua terra sem fronteiras,
O teu São Paulo das "bandeiras"!


Deixa atrás o presente:
Olha o passado à frente!


Vem com Martim Afonso a São Vicente!
Galga a Serra do Mar! Além, lá no alto,

Bartira sonha sossegadamente


Na sua rede virgem do Planalto.

Espreita-a entre a folhagem de esmeralda;

Beija-lhe a Cruz de Estrelas da grinalda!

Agora, escuta! Aí vem, moendo o cascalho,
Botas-de-nove-léguas, João Ramalho.
Serra-acima, dos baixos da restinga,
Vem subindo a roupeta

De Nóbrega e de Anchieta


Contempla os Campos de Piratininga!
Este é o Colégio. Adiante está o sertão.
Vai! Segue a entrada! Enfrenta!
Avança! Investe!


Norte - Sul - Este - Oeste,
Em "bandeira" ou "monção",
Doma os índios bravios.


Rompe a selva, abre minas, vara rios;
No leito da jazida
Acorda a pedraria adormecida;

Retorce os braços rijos
E tira o ouro dos seus esconderijos!


Bateia, escorre a ganga,

Lavra, planta, povoa.
Depois volta à garoa!


E adivinha através dessa cortina,
Na tardinha enfeitada de miçanga,


A sagrada Colina

Ao Grito do Ipiranga!

Entreabre agora os véus!


Do cafezal, Senhor dos Horizontes,

Verás fluir por plainos, vales, montes,

Usinas, gares, silos, cais, arranha-céus!

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