sexta-feira, 29 de julho de 2011

Artigo 5º, inciso I da Constituição Federal de 1988

Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

Considerando que a Constituição Federal de 1988 estabelece em seu artigo 5º, inciso I o teor constante acima, alego que deveremos rever o que se reza nele, pois se homens e mulheres são iguais perante a lei, logo, deverão ser punidos igualmente perante a lei.
Se um homem agredir uma mulher indefesa - essa mulher já é indefesa por ser mulher, isso na concepção machista mundial -, sua pena, seguida de uma formal denuncia e posterior acusação, será a cadeia, o papel que ele deverá cumprir pelo não cumprimento da lei. O mesmo deveria acontecer com uma mulher que agride um homem indefeso, pois a lei não distingui um do outro, somos cidadãos, seres humanos. No Brasil, a mulher beneficia-se com a Lei Maria da Penha, a qual defende o sexo feminino de agressões no lar, e tão somente no lar. A mesma mulher pode usar essa lei para agredir um homem, trazendo a lei a seu favor, aproveitando-se, ilegalmente, pois ela também pode ser uma agressora..
Não sou contra o inciso I da Constituição vigente, artigo 5º, sou a favor de uma punição igual para os humanos, brasileiros, infratores, independente de seu sexo.
Não estou sendo machista, muito menos moralista e contra a lei. Acontece que, e sabemos muito bem, mulheres também agridem homens em casa. E existem homens que têm medo de suas esposas, não denunciando-as por agressão e até temor de levantar a mão para uma dama. Penso que tem mais a ver com vergonha, ego ferido, do que com qualquer outro aspecto literal. Afinal, a sociedade passará a vê-lo como um covarde. Tampouco sou a favor de agressões à mulher, sobretudo porque sempre há discussões entre marido e mulher dentro de um lar. Contudo, se houver uma discussão mais acentuada no âmbito familiar, o agressor deverá ser punido, sendo ele, ela ou os dois. Mas não uma punição maior para o homem, pois dentro de casa é o casal quem sabe o que se passa, e nenhuma mulher é cem por cento correta quando há brigas exageradas.

Agora podem jogar-me as pedras que insistem em me procurar.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Morte

A morte é o vazio.
A morte é o começo
Para aqueles que acreditam
Que tudo é um recomeço

A morte é doída
Ela é inesperada
Dentro do peito cresceu
Um vazio, uma estrada

Essa estrada não tem fim
Somente é o caminhar
Vagando no pensamento
Lembrando de toda vida
 
Aquela que não foi frustrada

A vida continua
Para aqueles que ficaram
Um dia também vão
Para o vazio que sentirão

É um círculo constante
Um infinito de vaguidão
A alma sente a alma
No céu, de lá, nos virão

terça-feira, 19 de julho de 2011

Texto narrativo - Um sonho visto depois de investimentos

Por alguns instantes, Samuel Klein observou sua criação, sua visão era do alto, do alto de um penhasco que oferecia uma linda vista para a planície da capital paulista.
Ao lado de sua esposa Eulália, admiravam o próspero caminhar de uma loja que começou pequena e hoje é sinônimo de vendas fidelizadas.
Olhando do alto, Samuel e Eulália lembraram do pequeno charrete puchado por um pangaré que compraram para carregar mercadorias no começo do século passado. Desse modo, atendiam às necessidades da pequena Vila de Piratininga que viraria a maior metrópole do Brasil, São Paulo. Aquele pangaré transformaria-se, nos dias de hoje, em uma frota de caminhões incontáveis para levar felicidade para seus cliente nos vinte e seis estados da federação mais o distrito federal. Seu negócio expandira continuamente. Sua certeza era vista nas lágrimas que escorriam por sua face sofrida, vinda da Polônia judia invadida por nazistas.
O sonho só é possível se você investir esforços nele - disse Klein sorrindo; ora olhando para Eulália, ora para as cinco lojas gigantescas que conseguia identificar do alto da colina paulista.

sábado, 9 de julho de 2011

Ao 9 de Julho de 1932

Cartaz de convocação MMDC
Depois do furor que abalou a democracia nacional
1932 ensinou que a alma permanecerá
Prevalecerá o espírito que conduziu homens e mulheres ao front de batalha
Suas famílias choraram de maio à outubro, mas seus netos riem em 2011

O sorriso de netos e netas ultrapassa a epiderme,
Sabendo que seus avós são heróis.
Em 2011 comemoramos 79 anos de um levante contra irmãos
Os irmãos que fecharam os olhos a favor de Vargas

Até hoje não sabemos o número de baixas dos governistas getulistas
Mas em uma ditadura imposta por Vargas,
sendo sua admiração inspiradoura a Alemanha nazista,
Encontrou bravos MMDC que levantaram o povo das treze listas

Que morreram em nome da pátria paulista

Com punhos sempre abertos, revoltosos sob a Santificada
A Revolução foi necessária.
Alguns queriam o separatismo
Mas lutamos para que existisse um "São Paulo grande dentro de um Brasil maior ainda"

Mausoléo do Ibirapuera. Restos mortais MMDC
Uma grande sociedade clandestina nasceu, MMDC era a sua sigla
Um Martins que não foge à luta
Puchando pelos braços um Miragaia cheio de vontade de lutar
Dráuzio chegou com o sangue do povo paulista à praça da República
E os três mais Camargo morreram para dar luz à Revolução
Em agosto morre Alvarenga, não aguentando seu sangue jorrar, falecendo

MMDCA

Se getulistas morreram pelo Brasil, 
A Santificada
Paulistas morreram aos montes
Seus nomes são lembrados para nunca esquecermos A Santificada

Amando também o Brasil nas cruzadas
9 de Julho é hoje, dia da Revolução
MMDC nasceu para mostrar ao território nacional
que o povo tem e sempre terá o poder nas mãos

Mas jamais esqueçamos os nossos paulistas de ontem
que lutaram para termos uma democracia hoje


Amém, sangue paulista das treze listas

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A dificudade de se fazer escolhas

Fazer uma escolha, significa que o indivíduo está numa posição confortável (dentro de todos e quaisquer aspectos existentes para fazer uma escolha) e quer mudar de "casa" no jogo da vida; ou está numa posição incomôda e quer sair - o mais rápido possível ou assim que lhe convier.
 Mesmo dentro desses dois aspectos de localização de satisfação ou insatisfação, ele terá dificuldades em escolher mudar de "casa". A zona de conforto torna-o parte daquele lugar. Ele acha que nunca mais será feliz se sair dali. Suas conquistas foram suficientes para chegar até aquele estágio. Mas a felicidade está onde você estiver, sobretudo se sua alma está alinhada à sua vontade de querer ser sempre mais. E, se houver uma opção para escolher, ficar sentado e imaginar o que poderia acontecer, pode ser frustrante demais para sua cabeça. Neste caso, passamos para problemas psicológicos consideráveis.
Estar em uma zona desconfortável e permanecer por lá muito tempo, pode gerar desgaste de neurônios. O próprio cérebro passará a atormentar o corpo do indivíduo, fazendo com que ele não se suporte mais.
Portanto, fazer uma escolha é complicado. Saber que essa escolha é difícil deve estar bem claro na mente. Sair da zona de conforto é essencial. Digo tudo isso com as palavras de Clarice Lispector: "...Entre o "sim" e o "não", só existe um caminho, escolher..."