terça-feira, 26 de junho de 2012

Educação

Brasil! Quando este grandioso país territorial foi colocado na rota mundial da economia global, digo, como um país consolidado, constituído, com leis próprias e capaz de travar belas lutas com outras nações mais fortes, um país que venceu ditaduras, que pintou a cara para impor a democracia no brilho dos olhos tupiniquins, que tem forças em suas veias trabalhadoras, que precisou descer todo o mapa, pendurado no pau de arara, que apanhou para aprender, mas bate para sobreviver e levar seu pão à mesa, pensou-se somente no momento, ou nem isso, talvez a rota era somente uma aventura, e quem lutou para o eixo se firmar, não entendeu que ali nasceria uma revolução, era preciso somente alimentar a mudança.
Quando brigamos para a democracia voltar, se é que ela um dia existiu, deveríamos brigar pelo país, não somente pela minuscula parcela burguesa das universidades públicas, que formava verdadeiros pensantes. O legado foi infeliz ao escolher somente um lado e quebrar as pernas de quem nasceria anos à frente. A deficiência que temos na educação brasileira vai continuar e isso não vai mudar. Nossos comandantes, herdeiros dos generais de outrora, lutaram para ter um país utópico. Lutaram somente para beneficiar-se. Para tirar a ditadura de seus calcanhares e sobreviver exilados para voltarem e serem ovacionados.
Pois bem, o Brasil conseguiu ser a sexta maior economia mundial. Conseguiu fixar parcerias importantes para importar e exportar. Entretanto, o comando está nas mãos dos filhos de quem lutou para mudar a cena brasileira de opressão vivida em décadas passadas. Nunca antes na história deste país fomos tão longe e tão bem vistos pelo mundo, até um campeonato mundial de futebol teremos...de novo...
Hoje e sempre não será necessário dar educação à população, não é justo ensinar a somar o filho do Raimundo que nasceu no interior do Piauí, não nos cabe ensinar concordância e ciência ao paulista que nasceu logo ali, não é bom abrir os olhos dos pequenos 15 milhões de estudantes das redes públicas, "eles podem tomar nossos lugares, e não queremos perder o elo da corrente, afinal, lutamos por isso....". "Não há mudança, somente alternância de poder", como diz o Dead Fish. Os Paralamas do Sucesso também não ficam de fora: "livro pra comida, prato pra educação...", lembram-se dessa? Só estradas não é o suficiente, precisamos de saúde, educação, trabalho, mas devemos aprender a aprender.
Há anos ouvimos que 1968 marcou uma mudança social no mundo, começando pela França e chegando aos países sul americanos. Tivemos grandes educadores, pensadores, ensaístas, situacionistas, intelectuais brasileiros que gritavam para as rosas e calavam os cálices. Eles tentaram... e naquele momento não havia tanta tecnologia para gritarem mais alto do que podiam. Os recursos eram escassos e não faltavam-lhes peito para brigar. Mas por quê temos tanta tecnologia hoje e uma mudança social não é mobilizada para haver uma revolução nacional na educação? Por quê a voz de apresentadores que se dizem envolvidos com ações sociais não move moinhos? Será que é porque seus filhos irão governar o país dos próximos anos e não querem os filhos do Raimundo por lá?
É, a coisa é mais sério do que eu pensava. Mas nós temos o Facebok, ele dá conta da mundança. Afinal, sou uma pequena voz dentre vocês, 190 milhões de Raimundos.
 - "Tirar minha bunda fétida da minha poltrona carcomida não fará bem aos meus trinetos. Eles precisam de um futuro promissor, meu caro!"
 - Mas seria legal sentir uma mudança acontecer dentro de quinze anos. Sempre que devolvermos o lixo para os USA, das nove às seis....

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