quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Como um certo alguém.

De repente peguei um livro e com algumas figuras que fui observando, lembrei de uma história que um passarinho azul com bolinhas pretas-alaranjadas me fez ser receptor: O ano é...deixa pra lá o ano. Sei que é no século xx, acho q do começo pro meio..., quase um terço antes de terminar o século.
Uma criança crescida nos aureos campos de Portugal de Salazar, com pouca instrução que não lhe foi passada, - instrução não quer dizer nada pra qm não vive a vida - mas muita força para enfrentar a neve caindo e pisar nela sem uma proteção suficiente para aquecer os pés. Essa criança cresceu e não foi por lá que ela ficou. Com a força que nunca a abandonou ela veio para o Brasil sofrer mais um pouquinho, talvez o senhor do tempo quiz deixá-la enxergar a vida com outros olhos. Ir a um país no qual nunca foi, morar com pessoas diferentes, comer o pão bolorado que o diabo amassou, isso não é para qualquer um. Muita gente reclama do pouco suor que escorre de seus rostos sem ao menos fazer um mínimo esforço para merecê-lo. Hoje é impressionante como essa criança se tormou uma matriarca com M maíusculo, com coragem, com determinação, com empenho, tendo a ceretza de nunca desistir da vida. Acredito eu que nunca vai desistir, a desistência é para os fracos que perdem a luta sem ao menos estar nela.
Quando eu crescer quero ser como essa criança, como esse certo alguém. Quero lutar, quero subir o mais alto que puder, sempre olhando para baixo e sabendo que foi de lá que vim.
Não temos como nos desviar do sofrimento, ele faz parte de qualquer ser humano, aceita-o quem quer. Tenho certeza de uma coisa: ele só vem uma vez. Cuidado. Não pense que o que vou passar sou eu que darei o nome de sofrimento. O mundo vai dizer que é sofrimento eu darei o nome de vida.

Abner

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