quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Senhor, seu troco!

Aquele maldito ser passou por mim e soltou, de suas entranhas corroídas, aquele ar poluído, nojento, fulmegante, asqueroso, horrível, podre e estiloso (estilo pelo menos em sua mente). Sobretudo, porque, quem fuma, começou a fumar achando que levar o cigarro à boca é lindo, daí não contava com as "vitaminas" que nele contém e tornou-se um viciado. Hoje é um dependente tabagista e coopera para o aquecimento global.
Não é ódio que sinto por essas pessoas. Sinto pena de serem tão frágeis, cpena por terem o corpo todo abalado. Mas fazer o quê?, são dependentes. Sinto ódio mesmo quando inalo aquela maldita fumaça. Ao sentir aquilo, juro que me sobe o sangue e tenho raiva, ódio, vontade de acabar com aquele maldito que está fumando perto de mim. Essas pessoas devem ser isoladas e tratadas com desprezo. Porque se olho para ele e cuspo em sua cara, será o troco que darei em resposta à sua atitude. 
Não me importa se os fumantes desejam morrer de câncer e perder seu corpo, não me importo com eles, importo-me comigo e, tão somente, comigo. 
Hoje não aguentei e explodi os coretos. - Olhei para aquele verme e disse: "Senhor, seu troco, seu verme putrefato de outro mundo". Sem dó, cuspi em sua cara. Andei à frente e fui aplaudido pela multidão que passava.

- Entendeu, doutor Carlos? Por isso vim hoje ao seu consultório psiquíatrico. Não tenho mais paciência! Sentar no divã e narrar meus dias é tudo para mim.

Um comentário:

  1. Muito bom, adorei! Confesso que já fumei, e de vez em quando fumo... É eu sei, sou uma idiota!(risos)
    Parabéns pelo ótimo texto!

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