quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Amarcord

Quando tudo parecia perdido, lembrei-me das nostalgias
Quando mais nada me vinha à mente, busquei em meus livros
quando, ainda, julguei-me incapaz de agir, as memórias me ajudaram
lembro-me de tudo que vivi com prazer, lembro-me
sobretudo, por que lembrar é gozar à vida

Uso as palavras que uso, por que lembro de todas elas
são enraizadas em mim
todas as palavras vêm do coração
da lembrança de min'alma

Palavras, pensamentos, frases, conversas, contextos...
nada sai do nada, nenhuma delas vem ao acaso
sou fruto de minha própria experiência
sou fruto de mim e de minhas vivências

sou eu, amarcord
Amarcord continua guardado em mim
Amarcord sou eu, hoje, Ontem, amanhã...

Amarcord


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Todos verão

O verão foi embora, com ele as poucas roupas que cobriam um corpo quase que escultural. Um corpo desejado pelo mundo como o exemplo fixo, fácil, de um ser humano real, porém, imaginado por todos, um ser abstrato. Na imaginação de alguns, o melhor que se pode tirar do outro, é a sua própria inveja refletida nas marcas das roupas que o verão insiste em vestir. Roupas caras fazem de ti uma pessoa rotulada, marcada, o espelho de uma sociedade que só pensa no próximo jeans limpo da loja de jeans caros.
Logo vem o outono, a estação mais cara do ano. Nesse clima de futebol mundial competitivo, a inveja abre os olhos dos nativos para desejarem as escolhas dos recém chegados da tão linda, supimpa e desejada Europa, urghhh!!!