Junho nunca teve tanta movimentação como vimos este ano, 2013. Os acontecimentos recentes gerados em todo Brasil, mostram que não precisamos de uma época especifica para algo acontecer. Sim, estou falando da Copa do Mundo. Porque é só nesse evento mundial que o Brasil e os brasileiros tornam-se, inexplicavelmente, Brasil e brasileiros.
Nunca antes na história deste país, tivemos aglomerações tão fortes e memoráveis como as que tivemos notícias.
Agitações como as que vimos, ocorreram em 1968, em plena ditadura militar. Em 1932, na Guerra Civil Paulista e nas Diretas Já, que, na verdade, não foram diretas, enfim...
O que quero dizer com tudo isso, minha gente? Pois bem, vamos lá:
O Brasil, para começo de conversa, não teve uma guerra para tornar-se independente daquele país medíocre da Península Ibérica (fica aqui minha intolerância com os comedores do pastel de Belém). Não tivemos uma independência conquistada no sangue. Uma soberania que desse pontapés nos intrusos, não. Tivemos um acordo de cavalheiros.
Como conhecemos a história, não vou me prolongar muito neste passado...
O fato é que não nos acostumamos a dizer não. Fomos criados por perdedores, mentirosos, fugitivos, ladrões de toda espécie. Eles, os pomposos europeus, não nos deram nada para sermos uma nação. Logo, seria fácil comandar uma "nação" recém criada, sem experiência nenhuma para averiguar acontecidos. Fiscalizar ocorridos. Derrubar imbecis malcriados. E tirar do poder quem não sabia governar.
O que mais sabemos fazer hoje neste país territorial é absorver lixos vindos dos bastardos americanos e dos ricos europeus, os quais, para refrescar a mente de certos esquecidinhos, nos roubam desde sempre. E são o que são por nunca sabermos administrar o que tivemos aqui, em terra brasilis.
Hoje, 2013, uma massa de gente foi às ruas para dizer NÂO, um "não" enorme que há mais de quinhentos anos não dizemos. Um "não" que saiu com força. Um "não" que fez revogar o aumento da passagem de ônibus. Um "não" que deu passe livre aos estudantes sulistas de Porto Alegre. Um "não" tão grande que os brasilienses que não são de Brasília, ouviram e estão com muito medo.
As próximas eleições estão batendo à nossa porta e esse "não" deve ser tão grande como os "nãos" que tivemos em 2013.
E que nossas próximas festas juninas sejam comemoradas como merecemos, com os olhos bem abertos. E que a nossa indignação não seja calada pelos gritos de gols dos intrusos da democracia.
Pronto, só faltava eu pra falar. Já podemos voltar às ruas..
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