sábado, 31 de agosto de 2013

Matka

Ela nasceu e ela mesma não sabe se foi com amor
até hoje questiona sua existência, tanto no seio familiar, como ser humano
Por quê tanta tristeza assim? Foi questionada...o
não sabia responder às indagações, a vida não lhe parece boa

Mas são os seres "homo sapiens" que dirigem suas vidas
Não adianta, ela não quer e não vai aprender
Um dia saiu de sua boca que não a viam como ela deveria ser vista
Usurpavam de sua bondade e a zombavam por ser moça bondosa

Seu progenitor jamais a tratou como uma prole reconhecida
Viviam sobre o mesmo teto e mesmo assim a humilhava
Matka cresceu como um alguém sem esperança
Crendo somente no Salvador

Perdoem-me os credos do mundo, o Salvador não fará por você se não fizerdes por ti mesmo 
Nesta linha de pensamento que tinha, casou-se com seu namorado
O mesmo que foi seu primeiro homem e pai de seus filhos
Tiveram três filhos, sou um deles

Infelizmente a vida parecia estar certa no trajeto de sua existência
Perdeu seu marido ainda jovem, meses depois de nascer seu terceiro filho
Lastimável demais, muita dor
...a vida segue, segue se fordes forte para encará-la

Ela não perdeu a vida, apenas esqueceu de vive-la
Tentou por inúmeras vezes a saída de sua amarga vida
Isso é o que ela pensava
a vida é linda, basta você trilhar sua reta

Claro que haverá curvas nesta vida, esteja pronta, matka
Não nos ouviu. Permitiu que saíssemos de casa
Cada um foi para um canto
Mas ela ainda não aprendeu

Que ela vá para o Japão
Se não perceber que ela existe e somente ela poderá mudar
Nada de diferente acontecerá em sua vida
O Salvador não verá por ti

Hoje estou aqui, pensando em como ela está
Sei que está bem
Aliás, está bem na forma que ela encontrou para viver
Maktub, assim seja, estava escrito


...mas podemos fazer diferente, assim o Salvador nos fez
Mente sã, corpo são, vida plena
Je t´aime, mere

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Falsa Representação

"...tenho algo a dizer, sempre que ouço os lamentos, de um continente que geme de dor, tão longe de Deus, tão perto do Tio Sam..."
... e os Garotos não estavam errados há mais de trinta anos. 
    Se o começo da vontade de expressar-se há trinta anos era difícil de achar um ponto de colocação no espaço, visto que ainda estávamos em decadência da ditadura militar brasileira, hoje, nessa falsa democracia, é pior ainda.
    Pior, porque elegemos caras que não sabemos quem são, elegemos gente que aparece do nada, colocamos um alguém no poder sem condições mentais para exercer atividades, atividades muito bem remuneradas, por sinal, é por dinheiro e por poder que eles estão lá.     
    Elegemos por sermos obrigados a votar. Nos acostumamos, na verdade, a dizer sim para tudo, exatamente como vaquinhas de presépio. O povo escolheu um representante para estar lá, lá no interior de Goiás, lá no planalto central, lá, naquela "Casa da Mãe Joana", lá, onde todos deveriam ser indiciados por formação de quadrilha, lá, onde nos roubam às claras, sem máscara... espera aí, sem máscara? Com máscara, meus caros, com várias camadas de uma máscara que é quase impenetrável, eu disse, quase impenetrável. O poder está em nossas mãos. Basta quebrarmos todas elas, as máscaras, até aparecer um filho de uma puta com cara o suficiente para levar tapas e aprender a ter vergonha na cara esmurrada
    Na verdade, essa democracia imposta ao povo, reflete o quanto somos fracos em relação à política e às escolhas que fazemos para os representantes da nação, dentro da casa bicameral. É culpa do povo? Sim, a culpa é toda nossa, que permitimos a zueira toda há mais de quinhentos anos. Inaceitável é ouvir que a zona, o barulho, a falta de ética e a falta de organização vêm do povo. 
    O povo conta com as palavras de um vermezinho, um bulha, um cabelo de lado penteado com gel importado, bem arrumadinho, um saco de lixo engomado, com as mesmas máscaras do parágrafo acima, que promete as estrelas, os planetas e um orgasmo eterno à plebe, que oferta dinheiro, linhas de costura, cartão do governo para comprar elétroeletrônicos e afins, mas na verdade, está com o punho cerrado direito, pronto para socar-nos, mas socar-nos muito, mas muito forte mesmo, até não termos forças para reclamar e começarem tudo novamente. 
    É um absurdo dizer que vivemos tão bem assim numa nação que viveu ditaduras, horrores políticos planejados, acordos de cavalheiros e pressão, mas muita pressão ao povo tupiniquim. Não, não estamos bem. Estamos à beira da falência, enquanto sociedade. Alimentamos abutres em pele de cordeiro. A falsa representação e a falsa democracia andam juntas.
    Não quero ser apenas mais um que grita. Quero fazer parte de um todo, de um organismo, de uma sociedade, de uma organização coletiva. Uma nação que grita e que geme, se for oprimida, sobretudo porque saberá organizar-se para espalhar o repúdio e tirar do trono quem não nos representa como desejamos. Não aguentamos mais ser enganados por ideias retrógradas que vêm da capital federal. 
    Tenho sempre algo a dizer e direi. Direi até minhas forças cessarem. Pensemos, ainda não é proibido.

sábado, 17 de agosto de 2013

Reencontro

Tudo começou num lindo dia de sol com amigos. Alguns amigos em comum nos apresentaram sem saber o que já sabíamos. Lá estava ela, encostada numa árvore, em pleno parque aberto, com muitas pessoas passando ao nosso redor. Eu cruzei com muitas pessoas naquela manhã. Percorri muitos lugares. Olhei para muita gente....confesso que aconteceu como se alguém me puxasse com muita força e fizesse com que eu a olhasse. Como se uma força apertasse meu coração e apontasse com uma seta muita grande o lugar do meu pouso. Nunca imaginara que pudesse ser assim, amar alguém que nunca vi antes. Sei hoje que nunca foi uma paixão o que aconteceu ali. Já me apaixonei inúmeras vezes. Sei bem o que acontece aqui dentro nesses momentos. É bom e ruim ao mesmo tempo, enfim...
 Nesta vida, posso dizer assim, nunca amei outra alma como a amo hoje. Aliás, costumamos nos dizer que nos reencontramos, tamanha a afinidade que acontece conosco. Eu a amei sozinho por dois dias. Foi o suficiente para não aguentar mais e entrar em ebulição. Eu precisava falar pra ela o que eu sentia. Descobrir, ou redescobrir o que combinamos há, vai saber quanto tempo atrás. Fui corajoso demais para dizer-lhe o que sentia e despertar nela o gigante adormecido. Não nos beijamos de pronto. Ela precisava entender o que eu já sabia. Estou novamente ao seu lado. Reencontrei você. Foi um longo caminho até aqui.
Sei muito sobre o meu amor e direi sempre pra ela o que realmente sinto. Eu posso expor que me entreguei de corpo e alma ao nosso reencontro. Sei exatamente o que ela está pensando, no momento em que ela pensa. Consigo decifrar seu estado de espírito. Falo dela como se estivesse falando de mim mesmo. E tudo isso já tem um tempo, um tempo grande...
Tenho uma vida que nunca tivera anteriormente. Amo como nunca amei antes, se é que amei alguém antes dela. Digo, olhando em seus olhos, minha vida, que você me faz feliz, muito feliz.
Passo o dia pensando em nós e fico triste quando não estamos juntos. Não adianta, nasci para viver ao seu lado. Permanecer ao seu lado...morrer ao seu lado e recomeçar tudo novamente.
Hoje estou aqui, bebendo a nossa cerveja preferida, sentindo novamente todas essas palavras e desejando muito amor para a nossa vida. Eu amo você por tudo o que é mais sagrado nesta vida. Tenha certeza disso.